Nova
—Velha
Dança

NOVA–VELHA DANÇA é um ciclo, distribuído por cinco meses e composto por espectáculos, exposições, conversas e workshops, que ‘parasita’ a actividade cultural da cidade de Santarém. A programação, primeira de várias com organização da Parasita, uma associação local, propõe ocupar instituições e utilizar recursos já existentes – no caso, o Teatro Sá da Bandeira e a INcubadora d’Artes, articulando-se também com a Escola Secundária Dr. Ginestal Machado –, no sentido de valorizar os espaços e estruturas disponíveis e contribuir para o acesso generalizado às artes.

De Fevereiro a Junho de 2017, propõe-se uma visita a diversos contextos estéticos e sociais da produção coreográfica do Portugal democrático. Assim, se por um lado se apresentam trabalhos referenciais da chamada Nova Dança Portuguesa, por outro fomenta-se a produção actual apresentando peças de coreógrafos cujo trabalho se afirmou na última década em circuitos independentes.

Em paralelo, apresenta-se no Bar/Galeria do Teatro Sá da Bandeira a exposição/instalação “Para uma Timeline a Haver”, exercício singular de periodização e cartografia colectiva da dança como prática artística em Portugal na segunda metade do séc. XX. Este projeto complementa o ciclo com um teor discursivo que fará a ponte entre os modos de ver e de fazer através de várias conversas e activações performativas do dispositivo cronológico.

Composto por apresentações mensais de espectáculos articuladas com discussões e partilhas entre os artistas e o público, laboratórios de transmissão, instalações e residências de criação dos projetos em estreia, NOVA–VELHA DANÇA associa investigação, transmissão e criação, constituindo-se como um momento privilegiado para observar de perto o panorama da dança contemporânea em Portugal, interrogando simultaneamente tanto o presente como o passado.


João dos Santos Martins

Artista e curador do ciclo Nova—Velha Dança




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